Cessna cai em simulação após piloto dormir e motor desligar

JHONATA TORRES DOS REIS
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Rio de Janeiro (23 out. 2025) — Um teste de voo em ambiente Microsoft Flight Simulator X terminou de forma inesperada após o operador adormecer em cruzeiro e a aeronave sofrer desligamento automático, culminando em impacto do modelo virtual.

Um voo de simulação configurado para reproduzir a rota Santos Dumont (SBRJ) → Porto Seguro (SBPS) terminou em impacto do modelo virtual após cerca de cinquenta minutos de cruzeiro, segundo os registros extraídos do ambiente Microsoft Flight Simulator X (FSX). O operador do teste, atuando como piloto virtual, teria adormecido durante o trajeto; pouco depois a aeronave apresentou desligamento total dos sistemas e perda de controle.

De acordo com os logs iniciais, o incidente ocorreu quando a aeronave se encontrava em torno de 9.500 pés sobre o litoral do Espírito Santo. A telemetria indica desacoplamento de controles e interrupção do fornecimento de potência ao motor principal antes da sequência final de queda. Não há envolvimento de terceiros — tratou-se de um voo em ambiente controlado de simulação.

Resumo dos fatos

O teste utilizava o modelo Cessna 208B Grand Caravan e clima real ativado no FSX. A decolagem foi registrada em SBRJ e, aproximadamente 50 minutos após, a sessão de telemetria mostrou inatividade do operador seguida por comandos automáticos ausentes. Em sequência, ocorreu o desligamento do motor principal e dos sistemas elétricos do avião virtual, culminando no impacto.

Os responsáveis pela sessão preservaram os arquivos .FLT e logs do FSX, que já foram encaminhados para análise forense de simulação para identificar se o desligamento foi causado por timeout por inatividade, conflito de periféricos, intervenção do sistema operacional ou falha em script do cenário.

Repercussão técnica e análise de especialistas

A ocorrência reacendeu alertas na comunidade de simulação sobre práticas de segurança e monitoramento em treinos virtuais. Especialistas consultados apontam que, mesmo em ambiente digital, fatores como fadiga do operador, conflitos de hardware (joystick, painel USB) e políticas de economia ou timeout do software podem provocar comportamentos que simulam panes reais.

Nos fóruns especializados, relatos semelhantes foram vinculados a três causas recorrentes:

  • Inatividade do operador: falha humana por sonolência ou distração que impede respostas a alertas sonoros e visuais.
  • Conflitos de hardware/software: perda de sinal de periféricos ou ações do sistema operacional que interrompem controles em tempo real.
  • Scripts e automações do cenário: instruções em cenários personalizados que podem forçar estados anômalos no motor ou nas redes elétricas virtuais.
“Mesmo numa simulação doméstica, ausência de vigilância pode transformar um exercício inócuo em um registro de acidente virtual — os riscos humanos se repetem independentemente do meio.”
Renato Prado, instrutor do Centro Virtual de Treinamento de Voo

Investigações em andamento

Peritos em simulação aeronáutica trabalham atualmente na triagem dos arquivos de log, buscando identificar o ponto exato de perda de comandos e se o desligamento foi precedido por mensagens de erro do FSX ou interrupções de driver. A análise técnica prioriza: verificação de scripts de cenário, integridade de periféricos USB, e possíveis intervenções do sistema operacional que poderiam forçar suspensão de processos.

Embora o episódio não envolva danos reais, as conclusões serão compartilhadas com a comunidade para mitigar reincidências e aprimorar protocolos de treino virtual.

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