°Educação
O Brasil intensifica a digitalização das escolas com investimentos federais. Nos últimos dois anos, a Estratégia Escolas Conectadas elevou de 45,4% para 65,4% o número de escolas públicas com conectividade adequada, alcançando 90 mil unidades e beneficiando 23 milhões de estudantes. O MEC também propõe currículos atualizados em educação digital e lançou diretrizes nacionais que regulamentam o uso pedagógico de celulares e dispositivos em sala de aula. Esses avanços estimulam a cidadania digital, mas evidenciam desafios de equidade: o acesso à internet e aos equipamentos ainda é desigual entre regiões e redes de ensino.
Pesquisa recente do NIC.br revela que 94% das escolas de ensino fundamental e médio têm acesso à internet, mas apenas 58% dispõem de computadores conectados para uso dos alunos. A diferença entre redes é grande: 99% das escolas privadas estão conectadas contra 93% nas públicas. No campo, apenas 85% das unidades educacionais têm acesso, e muitas ainda sofrem com velocidade inferior a 1 Mbps. Essa infraestrutura desigual limita o aproveitamento das tecnologias em sala.
Na prática, 79% dos professores da rede pública apontam falta de equipamentos suficientes para os alunos, evidenciando gargalos estruturais que vão além da conexão. Essa carência de recursos tecnológicos reproduz disparidades educacionais: durante a pandemia, alunos de áreas rurais ou de rede municipal sofreram mais para acompanhar as aulas remotas. Hoje, quase metade das escolas municipais ainda não oferece computadores com internet para os estudantes, ao passo que estados e instituições privadas apresentam índices muito superiores.
Desigualdade de Infraestrutura Digital
Além de expandir a conectividade, o governo tem buscado normatizar o uso da tecnologia na educação. A Estratégia Nacional Escolas Conectadas investiu cerca de R$3 bilhões até 2025 para levar internet de qualidade a 65,4% das escolas públicas, com o objetivo de alcançar 80% até 2026. Recentemente, o CNE publicou diretrizes curriculares obrigando a inclusão da educação digital no plano de ensino e restringiu o uso de celulares a atividades pedagógicas. Essas medidas apontam para um novo modelo educacional. No entanto, persistem obstáculos práticos: muitas escolas rurais ainda enfrentam queda de energia e sinal precário, e redes municipais em regiões remotas operam com menos de 50% da infraestrutura necessária. Para que a política de inclusão digital se efetive, será preciso equiparar a infraestrutura básica de cada escola – energia estável, internet rápida e dispositivos em quantidade adequada – e acompanhar o uso real dessas tecnologias nas salas de aula.
O MEC também ampliou a capacitação de profissionais de educação. Foi publicado um Referencial de Saberes Digitais para autodiagnóstico dos professores e lançados 81 cursos gratuitos sobre educação digital e IA, resultando em mais de 340 mil certificados em 2024. Essas iniciativas visam suprir o déficit de formação docente. Ainda assim, estudos apontam que muitos educadores, sobretudo em regiões mais pobres, não receberam treinamento prático suficiente para usar as novas ferramentas em sala. A lacuna de competências resulta em aplicação limitada da tecnologia, mesmo quando disponível.
Promoção da Saúde Preventiva
Em âmbito nacional, o governo investe em programas de prevenção. Na Atenção Primária, o Ministério da Saúde credenciou 2.363 novas equipes de Saúde da Família em 561 municípios, totalizando R$ 854 milhões até 2025 para expandir a cobertura básica. A meta é alcançar 80% de cobertura da Estratégia Saúde da Família até 2026. Ainda em tramitação, o Projeto de Lei 4278/24 prevê a criação de um Programa Nacional de Saúde Preventiva no SUS, com ações para reduzir doenças crônicas não transmissíveis e promover hábitos de vida saudáveis. Essas iniciativas visam reduzir a sobrecarga dos hospitais por meio da promoção de exames regulares e campanhas educativas.
Na prática, já há resultados mensuráveis. O Ministério da Saúde anunciou que 26,3% dos adultos brasileiros tinham diagnóstico de hipertensão em 2021, o que estimulou programas de rastreamento e conscientização. Paralelamente, houve redução na mortalidade materna – de 113 para 52 óbitos por 100 mil nascidos vivos entre 2021 e 2023 – reflexo de maior atenção pré-natal. Entretanto, persistem desigualdades regionais: Estados do Norte e Nordeste apresentaram índices de mortalidade materna ainda acima da média nacional, assim como maior violência entre jovens. Esses indicadores mostram que, sem reforçar a atenção básica em áreas carentes e manter altas taxas de vacinação e vigilância, os ganhos em saúde poderão ser limitados por fatores sociais e estruturais.
- Ampliação do SUS preventivo O governo federal expandiu o atendimento básico, com a criação de 2.363 equipes da Saúde da Família até o momento (2025), por meio de um investimento de R$854 milhões, visando aumentar a cobertura para 80% da população.
- Mortalidade em queda Indicadores nacionais melhoram: a mortalidade materna caiu de 113 para 52 por 100 mil (2021–2023) e a letalidade juvenil reduziu, fruto de campanhas preventivas, embora ainda alta em regiões vulneráveis.
- Desigualdade regional Persistem disparidades: Norte e Nordeste concentram as piores taxas de mortalidade materna e homicídios juvenis, evidenciando necessidade de ações focalizadas nessas áreas.
“Sem equidade no acesso ao SUS e preparo docente, qualquer avanço tecnológico na saúde preventiva perpetua as desigualdades sociais.”
— Jhonata
Fonte: Ministério da Saúde e IBGE
Desafios da Saúde Preventiva
O país apresenta avanços tangíveis, mas precisa consolidar os ganhos de forma igualitária. Já foram investidos recursos recordes em prevenção e atenção básica, e a queda da mortalidade materna sinaliza progresso. No entanto, o envelhecimento populacional – a fração de idosos quase dobrou, chegando a 15,6% em 2023 – demanda estratégias adicionais. Para sustentar a melhora na qualidade de vida, será preciso reforçar a atenção primária em todos os municípios, manter elevada cobertura vacinal e alinhar políticas de saúde a iniciativas socioeconômicas. A aprovação do novo programa de saúde preventiva (PL 4278/24) e a expansão da Saúde da Família são passos importantes, mas dependem de financiamento contínuo. Conclui-se que o Brasil avança em prevenção, porém somente tornará esses resultados perenes se integrar esforços de saúde e desenvolvimento social, garantindo que as políticas alcançem igualmente as populações mais vulneráveis.
Fonte e Biografia
Por: Jhonata Torres dos Reis
06/11/2025 às 08:00
Intuito e Propósito
Investigamos dados oficiais e relatórios técnicos para avaliar como projetos de conectividade e capacitação docente têm ampliado o acesso à educação digital no Brasil, destacando pontos positivos e desafios estruturais.
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Presidente e Fundador
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